sábado, 17 de março de 2012

Quais têm sido seus frutos?

Sua vida é uma árvore frutífera que independe da estação para frutificar. Ela pode dar flores o ano todo e essas flores são apenas o prenúncio dos frutos que você produzirá. Mas se suas raízes estiverem fincadas em solo improdutivo, de nada adianta você ser regado. A água representa seus sonhos. Ela é fundamental para que sua árvore cresça. Para que sua vida cresça.



"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e poda os ramos que dão fruto, para que produzam ainda mais fruto. Ele já limpou vocês pela palavra que lhes tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Pois nenhum ramo pode dar fruto quando está separado da videira. Nem vocês podem produzir frutos se não permanecerem em mim." Evangelho de João, Capítulo 15, Versos de 1 a 4. Bíblia Viva.

Reflita: 
1. Sua vida têm dado frutos? Frutos bons?
2. Como você imagina seu futuro? 
3. Em caso negativo, você tem estado na presença de Deus? 
4. Qual a importância que você tem dado a Deus na sua vida?


Português claro: os frutos são os nossos sonhos. Eles só serão produzidos na nossa vida se nossa árvore estiver plantada em Deus. às vezes, não queremos a vontade de Deus pra nossa vida. Queremos a nossa, vamos atrás dela, vemos as flores aparecerem em nossa árvore, mas essas flores não dão frutos. Por que certas coisas demoram pra acontecer na sua vida? Já parou pra pensar nisso? 


Fique à vontade para deixar seu comentário ou depoimento.


Paz!


quarta-feira, 14 de março de 2012

Hoje é Dia da Poesia, então, vamos comemorar!


O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é g rande e cabe
no breve espaço de beijar.



Carlos Drummond de Andrade

sábado, 10 de março de 2012

Nossa, por que só ultimamente descobri a Clarice Lispector? Não imaginava ter havido alguém tão fiel à minha personalidade, aos meus devaneios, à minha fala interrompida... Com este post, peço licença à minha criatividade para compartilhar um retrato de mim mesma.





“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
       Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”


sexta-feira, 9 de março de 2012

De volta para o futuro

De volta para o futuro

Eu era menina quando uma série de filmes me encantava na TV. Na época, eu quase não ia ao cinema, porque na minha cidade não havia. Então, contentava-me com a sessão da tarde mesmo. E naquele universo da inocência e da disponibilidade de tempo para fazer nada, fui telespectadora assídua do Filme "Back to the future". É óbvio que eu não sabia o título original em inglês, só que quando descobri que era o mesmo que sua versão em português, fiquei bem contente (se comparado com tantas aberrações de outras versões). 
Aquele filme retrata a história de um adolescente que acidentalmente volta trinta anos no passado num carro criado por um cientista maluco beleza usando um combustível chamado plutônio. O momento da viagem, tanto de volta quando de "vinda" (volta ao passado e vinda ao futuro, vulgo "presente") dependia desse combustível, até que, Marty McFly fica preso no passado. 


Como eu lembrei desses detalhes todos? Definitivamente não acredite que eu lembrava. Minha memória para detalhes de filmes realmente é de curtíssima duração. Resume-se a detalhar que o filme realmente foi o máximo ou uma derrota! Reconheço que contei com a ajuda dos "universitários" do Wikepedia pra poder retratar com fidedignidade essa engambelação aí. 
Como o filme é muito antigo, e não, é claaaaro que não, vou recomeçar: como o filme é de 1985, vale a pena ainda descrever seu enredo: McFly tinha um sonho de se tornar um astro de rock. E... E ele queria mudar o presente pois sua família havia "parado no tempo", literalmente. Sem sonhos, sem ambições, com pouca saúde,   com nenhum incentivo. E para mudar esse antigo futuro ele, acidentalmente, consegue chegar ao passado, para tentar interferir no destino de sua família e concretizar seu sonho.
Só que, coming back to the reality, filme é filme, vida é vida. Muitas vezes queremos que o passado tivesse tido uma outra repercussão. É o famoso "Se". E por mais que vivamos no século XXI (que avanço, meu Deus"), somos ainda retrógrados nos sentido de que não inventamos o carro do futuro que também te leva ao passado. E nada de carros! Esses poluem a atmosfera!
Estamos todos num mesmo trem-bala, que vai a centenas de quilômetros, só que apenas para frente e sem aquela coisa maldita do plutônio que o faça voltar! E todos os vagões têm o mesmo nome: VIDA. Como tem sido a sua viagem?

quarta-feira, 7 de março de 2012

Voltando à ativa com esse "projeto" de blog que não deu, ainda, muitos frutos.
Por isso, começarei o ano com um texto que dispensa maiores comentários. Apenas sinta:

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ivan-martins/noticia/2012/03/palavras-sao-inuteis.html


IVAN MARTINS - 07/03/2012 09h08
TAMANHO DO TEXTO

Palavras são inúteis

Aquilo que liga duas pessoas existe além delas

IVAN MARTINS
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IVAN MARTINS É editor-executivo de ÉPOCA (Foto: ÉPOCA)
 A gente cresce acreditando no poder das palavras. Desde criança, nos dizem que, conversando, seremos capazes de acertar qualquer coisa, de resolver qualquer situação. Infelizmente, não é verdade. Quando se trata de relacionamentos, as palavras são inúteis.
Os sentimentos apaixonados que nos ligam a alguém não são criados por palavras. Os desentendimentos que aos poucos ou de súbito nos separam da pessoa não são provocados por palavras. Os sentimentos de perda, dor e morte causados pelas rupturas tampouco são remediados por palavras. As palavras descrevem, celebram, exaltam e lamentam nossas paixões, mas não são responsáveis por elas. Quando se trata de amor, as palavras são inúteis.
Não obstante, nós falamos. Cultivamos a ilusão de que o outro pode ser envolvido, seduzido, convencido pela nossa retórica. Acreditamos, fundalmentalmente, que o nosso desejo pode ser transmitido pela palavra. Por isso, telefonamos, mandamos mensagens, escrevemos longos emails, rabiscamos poemas, fazemos letras de música, marcamos conversas dolorosas e intermináveis que – a rigor – não levam a lugar nenhum.
Quando existe um sentimento comum, as palavras são apenas acessórias. Quando não há sentimento, elas agem como um bisturi: cortam, expõem e dilaceram, mas não criam.
Tenho a impressão de que aquilo que liga dois seres humanos existe além das palavras. Uma magia de natureza física ou psíquica dita que Fulana é atraída por Sicrano ou vice-versa. Isso acontece de forma instantânea, ou pode ser construído lentamente, mas não sobre o alicerce das palavras. As palavras são apenas a aparência do que nos liga. Quando as pessoas conversam, trocam entre si códigos que vão além do que elas dizem. Há os olhos, as mãos, o corpo e a voz, que sinalizam uma espécie de todo invisível. Há um conjunto de sinais nos quais um se expressa e o outro se reconhece – e deseja, ou não deseja. O sentido das palavras nessa troca é secundário. A mensagem profunda sobre quem se é já foi passada antes.
Se isso não nos parece tão claro é porque vivemos num universo revestido de palavras. Temos a sensação de que elas iniciam e finalizam todos os atos, mas não é assim. As palavras são apenas sintomas. Quando as pessoas se conhecem e se apaixonam, conversam da mesma forma como se beijam, com fúria e com encantamento. No final, quando tudo acabou, as palavras doem e escasseiam. Elas são repelidas pelo outro da mesma forma que o toque, igual que o olhar. Temos a impressão de estar encerrando o amor com as palavras, mas elas são apenas as flores do enterro. Quando chegamos a elas, o desejo está morto.
Infelizmente, os ciclos de paixão e rejeição não são simultâneos. Eu ainda estou cheio de palavras doces, mas você não quer mais ouvi-las. Ou eu me dirijo a você com palavras de desejo e prazer, mas elas deixaram de fazer sentido. Se você não sente mais o que eu sinto, não vai entender o que eu digo. Nem será tocada pela magia das minhas palavras, que se tornam inúteis. Quantas das nossas conversas não são trocas de palavras inúteis? Tentamos transpor com elas o abismo da indiferença do outro. Explicamos, sugerimos, argumentamos - inutilmente.
Então, economize palavras. Fique quieto e preste atenção. Escute o que ela não diz. Entenda o que ele nem falou. Os gestos contam coisas, os olhares antecipam. Atitudes valem mais do que declarações de amor – e não podem ser substituídas ou consertadas por palavras.
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras)